segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Estrago do Amor


Ando tão cansada disso tudo, tão cansada do amor que nem sei mais se nele eu acredito. Por onde eu passo o que mais vejo são pessoas de corações partidos. Partidos por amarem quem não as merecem, por amarem pessoas de corações vazios ou por amarem quem já é comprometido.
Por onde passo as lágrimas escorrem e o meu coração se aperta. Elas sofrem caladas, mas no silêncio da noite, no meio da solidão a saudade em seus olhos se mostra através das lágrimas, que rapidamente tomam conta de seus rostos enquanto as lembranças tomam conta de suas memórias.
Se eu soubesse qual o remédio para que todo esse sofrimento fosse embora, eu lhes daria, mas como não sei, a única coisa que posso lhes oferecer é o meu consolo. E eu sei o que essas pessoas passam, pois como elas eu já sofri, mas como todo mundo é diferente, talvez o que sirva para aliviar a minha dor, talvez não sirva para aliviar a de mais ninguém. Mas um dia irei de aprender a ensinar as pessoas a se amarem mais do que amam outro alguém.
E como meu coração se aperta ao presenciar essas pessoas, que de vez em quando deixam a dor escapar dentre a multidão e chorão, chorão por alguém que nunca mereceu se quer a compaixão. E se eu pudesse eu tomaria a dor dessas pessoas para nunca mais as ver chorar por um amor sem explicação. Para não ver que em cada lágrima que elas derramam é como se fosse uma lembrança dos momentos que elas jamais esquecerão. E eu odeio as ver assim, sofrendo por amar tanto alguém sem se quer saberem a razão e sem saber se um dia toda essa dor terá um fim.


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