domingo, 30 de novembro de 2014

Parta-me ao meio




Parta-me ao meio.
Destrua este sentimento.
É o que você quer.

Você e eu.
Será que foi destino?
Será que é você?
Não deve ser, porque se fosse você não estaria indo embora.
Está apenas buscando um motivo.

Parta-me ao meio.
Eu sei que você quer desistir.
E deixar-me aqui neste escuro.
A luz apagou, já não há mais fogo iluminando nossos sentimentos.

Você e eu.
Será que foi destino?
Será que é você?
Não deve ser, porque se fosse você não estaria indo embora.
Está apenas buscando um motivo.

Parta-me ao meio.
Torne-me mais um rosto desconhecido em meio á multidão.
Uma estranha que um dia tentou habitar e permanecer em seu coração.
Em pouco tempo, mas eu queria que fosse até meu ultimo suspiro.

Deixe-me incompleta, pois sei que quer fugir.
Que não aguenta a escuridão que rodeia o meu olhar.
Mas não percebeu o brilho de minha íris ao vê-lo chegar.

Você e eu.
Será que foi destino?
Será que é você?
Não deve ser, porque se fosse você não estaria indo embora.
Está apenas buscando um motivo.
Parta-me ao meio.
Deixe meu coração incompleto e minha vida sem sentido.

Do jeito que estava antes de você chegar.


domingo, 23 de novembro de 2014

Sem tempo para o amor




Sonhos destruídos, solidão como companhia...
Se eu gostasse de álcool, viraria alcoólatra.
Ascenderia um cigarro, usaria drogas, só para esquecer.

Mas eu sei que isso não o tirará da minha cabeça.
Então estou aqui, na cozinha de casa remoendo tristezas e enchendo o copo de coca-cola.

Preciso de doses de amor próprio, porque eu perdi o meu quando decidi acreditar que ele era o certo pra mim.
Eu tentei mudar, fui contra meus princípios.
Tornei-me tola ao contrariar-me.
Porque fui tudo em vão.
E agora estou sem chão.

Descansando na solidão, usando as lágrimas para molhar o pano de chão.
Para limpar essa dor que se esparrama sem razão.

Não encontrei motivos para essa decisão, juro que não.
Partir sem razão, e usar uma desculpa tão fútil como “não tenho tempo para te dar atenção”.

Pois então, porque pediu meu coração?

Anjo Negro



Ele surgiu em minha vida, como um anjo caído.
Eu realmente acreditei que essa luz vinha do céu.
Tudo parecia tão perfeito, que quase senti meus pés saírem do chão.

Mas ele não perdoou os meus erros, não houve misericórdia.
E a culpa me consumou, o que parecia certo em mim me fez perceber o quanto sou ruim.

Não sou boa o suficiente para receber esta benção.
E ele percebeu.
Não foi com palavras, mas seus pensamentos e atitudes atiraram pedras em mim.
E eu fui julgada, mas não perdoada.
No fim fui abandonada.
Ele me deixou sem nada.

Quis fugir de mim. E não se importou em dar um fim.
Esse sentimento ele julgou e disse-me que não era amor.
Não se pode amar em três semanas.
Não, não pode.
Mas em menos de um minuto eu percebi que ele nunca soube o que é amor.

Como pode um anjo não saber amar?
Será que eu invento um amor louco e vicioso?
Talvez seja eu quem não saiba amar.
Ou melhor, gostar.

Porque é assim que ele define o que sentimos.
Mas minha definição é que ele nunca sentiu nada.

E eu que sinto o vazio no coração, sem eco, sem um som sequer.
E ele ouve uma melodia silenciosa.
Pois não há som, não há sentimentos dentro dele.


Será o anjo da morte?

sábado, 22 de novembro de 2014

Mais um Adeus


Oi, sou eu. Estou escrevendo pra dizer que você foi a melhor coisa que já me aconteceu. E pra dizer que de todas as dores que suportei, você foi a que mais me doeu. Queria dizer também que estou cansada de escrever sempre sobre você e de me sentir culpada por você não me amar. E de chorar. E de acreditar que graças a você, ninguém nunca será capaz de me amar como eu te amei. Infinitamente.
 Graças a você não sei se um dia conseguirei abrir novamente o coração, o que acho muito estranho já que eu sempre fui dentre minhas amigas a mais apaixonada. A mais carente. A mais ansiosa para conhecer o amor. Pobre de mim, que acreditava tanto no amor... Tola fui eu em acreditar que seria amada por alguém como você. E ai cai a minha ficha, percebo que no mundo real alguém como você nunca daria certo com alguém como eu. Porque somos diferentes e porque eu sei a sutil diferença entre amar e brincar com o coração de alguém que ama tanto quanto eu te amei.
E amei. Há! Como amei...! E mesmo que você não mereça uma lágrima que caia do meu rosto eu te dei milhares delas. E mesmo que não mereça ser o motivo da minha dor ou das minhas noites mal dormidas, você foi. E não sei até quando será, mas vim até aqui para dizer que tudo isso agora acabou. Querendo ou não, vou romper o fio que me une a você, vou sufocar esse amor que me fez um dia te querer e te amar como jamais na minha vida amei ninguém. E eu vou matar esse amor antes que ele me mate porque eu já não suporto mais a sua memória me rondando em tudo o que eu faço. Porque já não suporto ter que esconder tudo o que eu sinto. Eu preciso crescer. Preciso aprender por mais que eu não queira a viver sem você que ao mesmo tempo que me faz sorrir, me faz chorar. E chorar! E chorar!
 E ao mesmo tempo que você me cura, me faz adoecer. E porque eu não suporto viver longe de você e não saber se simplesmente sente a minha falta quando eu preciso mais do que tudo que você sinta. E é por essas razões que eu estou aqui para te dar mais um adeus. E que esse seja o ultimo porque eu já não posso mais viver desse jeito.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Minha "transição"


As vezes é preciso mudar para que novas portas se abram. É preciso coragem para encarar de frente as mudanças que independente da nossa vontade acontecem. É preciso ceder um pouco aos nossos próprios desejos e acreditar que o amanhã será bem mais ensolarado do que foi o dia de hoje.
Eu não tenho medo. E podem me atirar paus e pedras. Podem vir com tudo que mesmo assim, não recuarei. Não recuarei diante do inimigo que tenta me derrubar. Não recuarei diante da vida. Ou dos amores fracassados. E não desanimarei por mais que tenha dias difíceis- pois esses, eu sei, todo mundo possui.
Esse ano foi um ano de muitas mudanças.  Foi o meu momento de transição onde deixei de ser menina e me tornei mulher. E tornei-me assim porque mesmo com o gênio forte aprendi a relevar muitas coisas que antes não toleraria. Aprendi a amar o próximo de tal maneira que só quem ama é que sabe como é. Aprendi a controlar o tornado de emoções que rodopiavam e destruíam meu próprio coração. E esse, foi um dos meus maiores aprendizados desse ano. Aprendi que você sempre pode fazer mais. Se dedicar mais. Estudar mais. Amar mais. Viver mais. Enfim, mais, mais e mais!...
Talvez ninguém note o quanto eu mudei, mas eu sei. Sei o quão difícil foi essa transição. Como foi ser traída por pessoas que confiava tanto: amigos, colegas e a aprender a simplesmente “deixar pra lá” e excluir esse tipo de pessoa da vida.
Mais uma coisa em mim, de certa forma prevalece: é esse meu jeito tolo e sem jeito de me apaixonar facilmente pelos caras errados. Talvez nem fossem tão errados assim, mas também não eram (sem sombra de duvidas) nenhum deles o certo, pois nenhum verdadeiramente me correspondeu e muitas vezes se quer cogitaram a ideia de algum interesse em mim. Por sorte, esse tempo de “transição” mudou algo nesse sentido também: foi o modo meio instantâneo de esquecê-los também.
 Não sei se esse tipo de coisa se adquire com certa idade, depois da “transição”, se esse esquecimento é fruto da frustração de uma paixão não correspondida ou se simplesmente é verdade aquilo de que “o primeiro amor agente nunca esquece” e eu, por estar nessa de não esquecer, não consiga enxergar outras possibilidades e ninguém é verdadeiramente bom o suficiente pra mim. Ou eu é que não sou boa o suficiente para alguém, qualquer que fosse esse alguém? Acho que já não me importa tanto assim. Apenas me abaixo e recolho sozinha sem a ajuda de ninguém esses pequenos caquinhos que foram espalhados, mas OPS! Espere! São os pedacinhos do meu próprio coração. Pois bem, os recolho e os monto novamente e acho que isso também faz parte faz parte da minha “transição”.
A minha transição as vezes é um processo meio dolorido. Engulo as lágrimas e estufo o peito como quem quer dizer “eu não me importo”, mas no fundo eu me importo sim. Meu orgulho pode estar ferido em muitos sentidos, mas eu não cedo, apenas suporto para evitar qualquer que seja o resultado. Talvez crescer no fundo seja meio que isso: estar cansado demais para debater coisas fúteis demais. Então você simplesmente aceita porque simplesmente não suporta remoer coisas superficiais com pessoas mais superficiais ainda. Ignorantes. De alma e corações vazios que só pensam em descobrir seu ponto fraco e tentar te destruir.

Talvez esse meu texto não faça absolutamente nenhum sentido. Mas talvez seja compreensível. É que eu quis falar de tudo e ao mesmo tempo de nada porque é o que eu estou precisando no momento: conversar. Falar. Gritar. Murmurar... Mas ninguém quer conversar comigo. 

domingo, 16 de novembro de 2014

A verdade nos destrói





Você prefere fechar os seus olhos
Não enxergar e nem ouvir
A verdade que habita em mim.

Não posso mudar o que aconteceu
E preservar o auto ódio só vai me destruir.

Querido, eu me despedaço toda vez que tenho que lembrar.
Eu cansei de chorar verdades,
Mas não posso fugir
Só posso tentar omitir.

A verdade pode nos destruir
Mas a mentira um dia chega ao fim.
Em um mundo de mentiras a verdade é uma relíquia.
Assumir seus próprios erros é pior do que suicídio
Eu sou do contra, anormal em meio á falsidade.

Querido, eu me despedaço toda vez que tenho que lembrar.
Eu cansei de chorar verdades,
Mas não posso fugir
Só posso tentar omitir.

Não posso mudar o que aconteceu
E preservar o auto ódio só vai me destruir.

Querido, abra os olhos e olhe pra mim.