sábado, 18 de janeiro de 2014

Sobre o nosso Fim



Você jogou uma dinamite em cima de mim de uma hora pra outra, mas eu não explodi. Na verdade, você ter me deixado foi a melhor coisa que você poderia ter feito por mim. Dessa vez não foi como todas as outras vezes. Ouve lágrimas, mas o sofrimento logo deu lugar a aceitação de que aquilo era o melhor. Afinal de contas, quem é que precisa de alguém que te rouba mais lágrimas do que sorrisos? Eu não, e não quero mais isso pra mim.
Depois que você partiu eu compreendi que na verdade não era nenhum pouco feliz com você. A verdade é que eu já estava acostumada ao sofrimento que você me causava e acabava confundindo isso com amor. Mas não era. Ou talvez fosse. Mas agora não é mais nada.
Eu te dei tudo de mim e em troca você não me deu nada a não ser a rejeição e o sofrimento. Eu abri o meu coração e você se aproveitou dele. Mas eu sei que apesar de tudo eu não devo me arrepender desses momentos, mesmo querendo tanto esquecer. Afinal de contas, foi com você que eu aprendi que os caras mentem. Que um sorriso pode te enganar muito mais do que palavras. Que um beijo pode ser dado sem nenhum sentimento. Que o amor pode ser encenado, uma farsa. E que você não era nada a não ser um tremendo canalha.
Estou livre de você e livre dos sentimentos ruins que você me fazia sentir. Graças a você, eu quase deixei a minha própria identidade de lado pra tentar ser alguém que você pudesse amar, mas que nunca amou. E não importava quem eu tentasse ser ou quem eu fosse, você nunca me amou porque não é capaz de amar ninguém a não ser seu próprio ego.

Se enfia na academia porque não tem cérebro. Não tem outros atributos a não ser o corpo pra conquistar. O sorriso é amarelo. As palavras falsas. E o maldito do amor, uma grande furada. Obrigada, canalha por me mostrar que com você eu não era e não seria nada, mas que agora eu posso ser tudo, inclusive amada.

Um comentário:

  1. Que texto mais lindo Bianca, me encontrei em cada palavra. E é bem assim mesmo, quando o amor não é amor o sofrimento é passageiro, porque logo percebemos que não fomos amadas como amamos.

    http://www.nahboa.com/

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