Aquela
música que você dizia que era a música de vocês, você já não ouve mais para
tentar esquecer. Mas você percebe que tudo lembra vocês dois, aquele
perfume no dia dos namorados, aquele boné dado de presente no natal. Olhar para
sua aliança é tão letal.
Aquela
aliança partida ao meio, aquela história rasgada com suas próprias mãos, ele
rasgou a própria história de amor, destruiu o celular dela para que ela perdesse
seu número e nunca mais ligar.
Cada
vez que a música deles passa na rádio seu peito dói e ela muda a estação para
não trazer para o presente á lembrança do que um dia foi bonito, do que hoje a
faz sentir saudade, do que hojé está guardado em uma caixinha de lembranças chamada passado. Em seguida surgem as lembranças do que não se encaixava, do
que tornava aquele amor um jogo de xadrez. Ela tenta ligar para aquele número
que já não pertence mais a ele. Queria ouvir sua voz pela ultima vez, na
esperança de ouvir “eu te amo”, isso com certeza a faria sair correndo para encontra-lo,
para abraça-lo, para amá-lo.
Ela
o perdoaria, porque ela mesma se culpa de não ter sido a melhor namorada do
mundo, de ser egoísta e mal educada, por cada falha. Aquela rejeição toda era
dada como facadas em seu peito cada vez que ela insistia e ele dizia que não
voltaria atrás outra vez.
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