Me
sinto a pessoa mais idiota no mundo nesse momento. Minha vontade é de voltar no
tempo e destruir o coração de quem destruiu o meu agora. Eu não deveria ser diferente,
mas eu sou. Eu deveria ter destruído de vez o coração dele, para não correr o
risco de que ele ferisse o meu agora.
Eu
acreditei no sorriso, nas palavras, nos abraços e naqueles olhos enormes e
brilhantes. Eu acreditei que era a culpada de não ter feito acontecer — o que graças a Deus, não
aconteceu.
Sim, eu acreditei, mas por sorte, não acreditei
completamente. Pelo menos não o suficiente para me deixar envolver. Se eu já
sofria, se eu já amava, se eu já tinha sido iludida uma vez, então porque
deixar outro me iludir também? Por que deixar outro entrar em um coração que já
avia sido preenchido por outro alguém que também não merecia?
Mesmo cometendo o erro de estar amando, eu tinha
aprendido a não acreditar cem por cento em alguém que estava afim de mim porque
eu sei que quando as pessoas querem a todo custo alguém, elas são capazes de
tudo, até de fingirem ser quem não são. Mas no fim eu sei, todo mundo acaba
deixando cair a máscara e mostra as garras. Por um tempo ele atuou, fingiu ser
o cara que toda mulher queria ter do lado. Achou que isso seria o bastante para
querê-lo, mas no fim eu nunca de verdade quis.
Depois a máscara caiu, depois que ele desistiu
pra sempre de me ter. As garras também apareceram, só que dessa vez: com
veneno. E eu sabia, dessa vez o único objetivo dele era o de me destruir, já
que o objetivo anterior — o de entrar no meu coração—, não havia
sido alcançado.
A máscara caiu de um jeito que eu pude perceber o
quanto ela era falsa, o quanto o tempo todo o cara perfeito tinha sido
ensaiado, o quanto ele nunca existiu. Graças ao meu querido e bom Deus, eu
tinha tomado a minha vacina contra decepções mirabolantes e aquela não me
atingiu como eu achei que atingiria. Eu sei que o que ele queria era me
envenenar, me destruir porque não fui a tolinha, a ingênua, a babaca que ele
esperava que eu fosse. A trouxa que se apaixonaria por ele. Mas o que ele não
sabia é que a menina tola, não era tão tolinha assim e que a ingenuidade dela
em relação a canalhas, já tinha ido para o espaço á muito tempo.
Já não sou mais tão idiota assim, agora aprendi
que canalhas também surgem na forma de príncipes, mas no fim o feitiço acaba e
vemos que eles nunca passaram de sapos. O canalha desistiu porque viu que a
princesa não era desesperada por um par de sapatos que ela sabia que mesmo que
experimentasse, nunca serviria, nunca se encaixaria nos seus enormes pés,
porque os pares de sapatos eram apertados demais. Assim como era pequena demais a vontade dele de
poder entrar dentro do meu coração em comparação á enorme vontade que ele teve depois:
de destruí-lo.
Bem escrito... Mas serve mais como um desabafo, um diário seu do que um texto para "outros" ( o publico) isso se vc quiser um publico pra ler... Legal :n
ResponderExcluirRodrigo Leo