Ele surgiu em minha vida, como um anjo
caído.
Eu realmente acreditei que essa luz
vinha do céu.
Tudo parecia tão perfeito, que quase
senti meus pés saírem do chão.
Mas ele não perdoou os meus erros, não
houve misericórdia.
E a culpa me consumou, o que parecia
certo em mim me fez perceber o quanto sou ruim.
Não sou boa o suficiente para receber
esta benção.
E ele percebeu.
Não foi com palavras, mas seus
pensamentos e atitudes atiraram pedras em mim.
E eu fui julgada, mas não perdoada.
No fim fui abandonada.
Ele me deixou sem nada.
Quis fugir de mim. E não se importou
em dar um fim.
Esse sentimento ele julgou e disse-me
que não era amor.
Não se pode amar em três semanas.
Não, não pode.
Mas em menos de um minuto eu percebi
que ele nunca soube o que é amor.
Como pode um anjo não saber amar?
Será que eu invento um amor louco e
vicioso?
Talvez seja eu quem não saiba amar.
Ou melhor, gostar.
Porque é assim que ele define o que
sentimos.
Mas minha definição é que ele nunca
sentiu nada.
E eu que sinto o vazio no coração, sem
eco, sem um som sequer.
E ele ouve uma melodia silenciosa.
Será o anjo da morte?
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