As
vezes é preciso mudar para que novas portas se abram. É preciso coragem para
encarar de frente as mudanças que independente da nossa vontade acontecem. É
preciso ceder um pouco aos nossos próprios desejos e acreditar que o amanhã
será bem mais ensolarado do que foi o dia de hoje.
Eu
não tenho medo. E podem me atirar paus e pedras. Podem vir com tudo que mesmo
assim, não recuarei. Não recuarei diante do inimigo que tenta me derrubar. Não
recuarei diante da vida. Ou dos amores fracassados. E não desanimarei por mais
que tenha dias difíceis- pois esses, eu sei, todo mundo possui.
Esse
ano foi um ano de muitas mudanças. Foi o
meu momento de transição onde deixei de ser menina e me tornei mulher. E
tornei-me assim porque mesmo com o gênio forte aprendi a relevar muitas coisas
que antes não toleraria. Aprendi a amar o próximo de tal maneira que só quem
ama é que sabe como é. Aprendi a controlar o tornado de emoções que rodopiavam
e destruíam meu próprio coração. E esse, foi um dos meus maiores aprendizados
desse ano. Aprendi que você sempre pode fazer mais. Se dedicar mais. Estudar
mais. Amar mais. Viver mais. Enfim, mais, mais e mais!...
Talvez
ninguém note o quanto eu mudei, mas eu sei. Sei o quão difícil foi essa
transição. Como foi ser traída por pessoas que confiava tanto: amigos, colegas
e a aprender a simplesmente “deixar pra lá” e excluir esse tipo de pessoa da
vida.
Mais
uma coisa em mim, de certa forma prevalece: é esse meu jeito tolo e sem jeito
de me apaixonar facilmente pelos caras errados. Talvez nem fossem tão errados
assim, mas também não eram (sem sombra de duvidas) nenhum deles o certo, pois
nenhum verdadeiramente me correspondeu e muitas vezes se quer cogitaram a ideia
de algum interesse em mim. Por sorte, esse tempo de “transição” mudou algo
nesse sentido também: foi o modo meio instantâneo de esquecê-los também.
Não sei se esse tipo de coisa se adquire com
certa idade, depois da “transição”, se esse esquecimento é fruto da frustração
de uma paixão não correspondida ou se simplesmente é verdade aquilo de que “o
primeiro amor agente nunca esquece” e eu, por estar nessa de não esquecer, não
consiga enxergar outras possibilidades e ninguém é verdadeiramente bom o
suficiente pra mim. Ou eu é que não sou boa o suficiente para alguém, qualquer
que fosse esse alguém? Acho que já não me importa tanto assim. Apenas me abaixo
e recolho sozinha sem a ajuda de ninguém esses pequenos caquinhos que foram
espalhados, mas OPS! Espere! São os pedacinhos do meu próprio coração. Pois
bem, os recolho e os monto novamente e acho que isso também faz parte faz parte
da minha “transição”.
A
minha transição as vezes é um processo meio dolorido. Engulo as lágrimas e
estufo o peito como quem quer dizer “eu não me importo”, mas no fundo eu me
importo sim. Meu orgulho pode estar ferido em muitos sentidos, mas eu não cedo,
apenas suporto para evitar qualquer que seja o resultado. Talvez crescer no
fundo seja meio que isso: estar cansado demais para debater coisas fúteis
demais. Então você simplesmente aceita porque simplesmente não suporta remoer
coisas superficiais com pessoas mais superficiais ainda. Ignorantes. De alma e
corações vazios que só pensam em descobrir seu ponto fraco e tentar te
destruir.
Talvez
esse meu texto não faça absolutamente nenhum sentido. Mas talvez seja
compreensível. É que eu quis falar de tudo e ao mesmo tempo de nada porque é o
que eu estou precisando no momento: conversar. Falar. Gritar. Murmurar... Mas ninguém quer conversar
comigo.